sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Respeito a minha intuição

Tenho um compromisso: ir visitar uma amiga que há meses não vejo. De início fico animada. Vamos colocar o papo em dia. Tanta coisa para contar. Por mais que nos falemos ao telefone, pessoalmente é tão melhor!!! Mas, depois, sentada na cama, olhando para as suas roupas com as portas do guarda-roupa abertas, ouço uma voz dizendo bem baixinho que é melhor não ir.

Não é um ouvir real, mas é uma sensação como um aviso, sei lá. Ela se manifesta várias vezes. Não sei exatamente de onde vêm esses sussurros. Mas não consigo ignorá-los. Simplesmente a chamo de sexto sentido ou intuição. Sabe aquela de: tem alguma coisa me dizendo para não ir. Costumo chamar isso de intuição, um sinal.

Tem gente que acha isso uma bobagem imensa ou trata essa possibilidade com descaso. Dizem: nunca senti isso, que absurdo! Não vejo dessa forma. Se posso adiar, é isso que faço.

Nunca ignoro o que a intuição tenta me dizer. É um alerta. Ignorar é como menosprezar os trovões, o céu escurecendo mostrando que vai chover. Diante disso, eu me previno. Carrego uma sombrinha se for sair, tiro as roupas do varal, fecho as janelas, …

Fazendo isso, eu confio num sinal e tomo as providências, conforme o aviso. Se sinto um friozinho na barriga mostrando que é necessário adiar alguma decisão, não ligar para aquela pessoa hoje, ir por um caminho e não por outro. Obedeço à sabedoria interior. Uma escolha errada muda todo o curso de uma história.

Assim foi em Sliding Doors (De caso com o acaso), dirigido por Peter Howitt. Esse filme é de 1998, e mostra bem a necessidade de prestar atenção aos sinais e saber das conseqüências das escolhas que fazemos na vida. A história começa quando a personagem Helen, vivida por Gwyneth Paltrow está prestes a pegar o metrô. O filme se divide: se ela pega o trem naquele momento uma série de acontecimentos leva a vida de Helen para um rumo e se ela não pega, os fatos são diferentes e o caminho também é outro.

Esse filme mexe bastente comigo. Desde o momento que assisti, de vez em quando eu paro, penso, tento resgatar a escolha, a decisão maluca e impulsiva muitas vezes, que me levaram a determinada condição. O mesmo acontece quando uma pessoa que conheço, do nada, me encaminha a pensamentos diferentes, a lugares impensados e a situações surpreendentes. Acaso? sincronicidade? destino? seja o que for, fico atenta!


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