terça-feira, 2 de março de 2010

Nem esperava...

....mas, precisava, e muito, de palavras de carinho.

Às vezes, a gente simplesmente sabe que 'hoje não é um bom dia'. Isso vem antes mesmo antes de sair de casa. Talvez, impulsionada pela ideia do início do meu inferno astral, já fui dormir ontem contrariada com o que estaria por vir. Como se eu soubesse!

A sensação de que qualquer coisa me irritaria, choraria por nada (ou por tudo) tomou conta de mim desde cedo. Sentimentos de angústia e de desesperança insistiam em me testar hoje.

Mas, tive belas surpresas em palavras escritas e ditas, em gestos e olhares que fizeram do meu dia exatamente o oposto do que eu esperava - mesmo sem querer, e já me conformava.

Impressionante como o bem-querer faz bem e é capaz de revolucionar! Estou agradecida!

Que os dias do meu inferno astral sejam tão divinos como hoje!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Acorda logo

Os pensamentos vem e vão, angústia fica, ansiedade se intensifica. É uma mistura gigante de sentimentos que gritam dentro de mim, mas as convencionalidades os impedem de fazer escândalos.

Não tenho certeza se essa á a melhor maneira de viver! Eu que sempre defendi ser espontânea, resisti ao seu contrário, fui avessa às palavras sem verdade. Já não me reconheço mais.

Mas, a indignação que hoje sinto é sinal de que aquela menina que falava e agia antes mesmo de pensar e se negava, sempre, a fingir ainda está bem viva! Tenho que acordá-la!

Tá na hora!

E sem despertador! Nunca precisei dele, não vai ser agora!

domingo, 24 de janeiro de 2010

O Mágico de Oz

Este é um ano muito importante para mim. Por isso, quero retomar este espaço para registar aqui muitos pensamentos, sentimentos que estão nascendo e outros se e me transformando.

Acabei de assitir ao O Mágico de Oz e pensei: e se eu estivesse lá com o leão, que queria coragem; o homem de lata, um coração; o espantalho, um cérebro e a garotinha, que apenas queria voltar para casa? Qual seria o meu desejo diante do Mágico?

Ainda não descobri a resposta, mas assim que tiver, volto aqui, nem que seja para insinuar.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

É preciso resistir

Não quero ceder aos sorrisinhos sem vontade, aos abraços frios e às conversas vazias.

Para viver inteira tem que ser com intensidade. Preciso ficar repetindo isso para mim mesma. Preciso resistir às convencionalidades! Não quero fugir da minha essência indignada, que preza pela verdade!

domingo, 11 de maio de 2008

Bem que esse espaço...

... poderia ser, de verdade, o lugar onde eu depositaria meus pensamentos, opiniões, sentimentos e devaneios - essa é a proposta, mas vejo que coloco a máscara da conveniência nas palavras.

Esse momento me faz lembrar as agendas que preenchia na adolescência. Toda noite antes de dormir, escrevia os momentos marcantes do dia, mesmo cansada e com muito sono. Muitas vezes até deixava de dar aquela revisada na matéria da prova que teria na primeira aula da manhã seguinte.

Eram relatos de experiências boas e/ou ruins. Às vezes, me lembro bem, não tinha nada para escrever ou até o dia tinha sido tão ruim que não merecia ser registrado. Queria mesmo era esquecer. Para não deixar o dia em branco colova adesivos ou copiava a letra de uma música.

Não me importava com as palavras. Apenas 'contava' para aquele 'diário', do meu jeito, o que achava que era a vida. Doces preocupações com a lição, o menino de quem gostava, uma conversa com amigas, um conflito em casa, um passeio com a classe e fofocas.

Naquela época era fundamental colar o papel da bala que X deu, o bilhetinho de Y, o guardanapo da lanchonete, coisinhas que acumuladas faziam um volume... que a agenda depois do meio do ano ficava a 45% para fechar e era preciso um elástico para não perder a 'memória'.

Era um apego tão gostoso que tinha com a agenda do ano, que carregava comigo o tempo todo. Bom, acho que apego não é a palavra adequada. Talvez era medo mesmo. Sim, essa é palavra que exprime o sentimento maior.

É claro, naquelas páginas estavam minhas alegrias e decepções mais íntimas. Eu, apenas eu poderia ter acesso. E se alguém lesse? O que iria pensar de mim? Não quero nem imaginar! Por isso, tinha todo cuidado do mundo para não deixá-la 'solta' pela casa ou à vista na mochila.

De vez em quando, me fechava no quarto, abria no dia em que eu tinha descrito em detalhes aquela festinha na garagem de X. Era tão bom voltar no tempo! Hoje consigo sentir até o cheiro do perfume que eu usava!

Demorei anos para colocar aquelas lembranças para reciclar. Antes de descartá-las em forma de papel dei uma lidinha, ri e chorei muito. Mas, a maior satisfação que tive foi me ver há 15, 20 anos tão honesta comigo. Sem mascarar as palavras para expressar o que sentia. Fui verdadeira!

Hoje, me vejo aqui, diante desse espaço pedindo para que eu compartilhe meus pensamentos, mas não me sinto à vontade porque esse aqui não cabe na bolsa, nem posso esconder de vocês. E o pior: não dá para colar nada!