sábado, 2 de fevereiro de 2008

Indignação que deveria ser de todos

Indignação. Esse é o um sentimento constante em qualquer pessoa que, como eu, vê a solução para tantos problemas simples.

Essa indignação se une à impotência diante das barreiras de uma sociedade que não se entende, não se vê como única, por isso não se ajuda.

Não compreendo, por exemplo, como a sociedade pode se revoltar tanto com a violência das ruas e, ao mesmo tempo, aceitar com tanta naturalidade a violência constante nos lares.

Há um abismo, para a sociedade, entre o marginal das ruas e a criança que sofre maus-tratos em casa. É equivocado acreditar que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Basta pensar que a família é a base de todo desenvolvimento da criança. São os exemplos da vida em família que a criança vai levar para sua vida na sociedade.

Pais e mães de qualquer classe social fingem desconhecer outra maneira de educar senão a de usar a força. Sejam eles moradores de favelas, bairros populares ou ainda condomínios de luxo.

As famílias criam seus filhos reproduzindo os métodos educativos utilizados pelos seus pais, avós... Nunca pararam para refletir se o que fazem é realmente a melhor forma de preparar as crianças para o futuro.

É lamentável que a sociedade seja conivente com as agressões de pais contra filhos e não se dê conta da relação direta que existe entre violência doméstica e social.

As crianças são expostas a um modelo de educação que substima a sua inteligência e as coloca num patamar de fracos. A preguiça dos pais faz com que a força seja a maneira mais eficiente de 'educar'. Nem se pensa em outros métodos, como o diálogo franco, honesto e paciente.

Elas ficam submissas ao poder do mais forte e crescem acreditando e repetindo o modelo que receberam. Quando adulto, esse não vai colaborar para uma sociedade digna de progresso, mas sim para um mundo atribulado e imerso em conflitos.

A discussão sobre o assunto abordado é de vital importância para o fim da hipocrisia existente na sociedade.

Acredito na força da informação, na mobilização para o bem.


2 comentários:

Marcos Forte disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcos Forte disse...

Tenho 7 irmãos e posso garantir que, se bater resolvesse o problema, teríamos 7 doutores na família. Pelo contrário, o que vejo por parte dos meus irmãos é uma violência continuada.

Educação que é bom, nada. Bater em uma criança indefesa é uma covardia sem tamanho.

Marcos